Seria bom todos saber valorizar o valor que tem a Paz... uma pessoa só tem paz se for feliz, alegre, sorridente.

Este é o símbolo da paz!!! As pombinhas brancas.
Ass: Vanuza Agrinfo de Mattos y
Maria A. Souza Barbosa
Ganesha - É o deus da sabedoria e da sorte. Mistura de humano com elefante. Seus quatro braços destroem as pedras do caminho.
Lakshimi - É a deusa da fortuna.
Krishna restabelece a justiça e puni os malvados.
Shiva Deus supremo, criador da Ioga. Ajuda mulheres a engravidar. Representa a boa alimentação, fertilidade e saúde.
Poucos são os escritores que conseguem alcançar algum reconhecimento de crítica e público enquanto vivos. Entre esses, raros são os que vieram de fora dos grandes centros culturais do país. Um desses casos raros é Caio Fernando Abreu, escritor gaúcho, nascido em Santiago do Boqueirão e falecido em Porto Alegre há exatos 13 anos. Devido à importância de sua obra, o nome de Caio F. não morreu junto com ele naquele 25 de fevereiro de 1996.
Além dos contos que o consagraram em “Morangos Mofados” (1982) e “O ovo apunhalado” (1975), Caio escreveu peças de teatro, crônicas para os jornais O Globo (RJ), O Estado de S. Paulo (SP) e Zero Hora (RS), e dois romances: “Limite Branco” (1971), aos 17 anos, e “Onde andará Dulce Veiga?” (1990). Foi ator, repórter, ficcionista... tudo e nada ao mesmo tempo. A obra de Caio não pode ser guardada numa gavetinha, com categoria e etiqueta, afinal, cada fã tem um Caio pra chamar de seu.
Ele cativava narcisos. Aqueles que o lêem, vêem sua própria imagem refletida nos textos e por isso o veneram. É fácil gostar de Caio. E não precisa ser homem, gaúcho, brasileiro, gay, escritor ou jornalista pra se ver metaforizado em suas personagens.
Ainda hoje, Caio é lembrado não só na literatura, mas também no cinema e no teatro. O diretor carioca Gilberto Gawronski levou ao palco várias obras de Caio. Em 2007, o amigo Guilherme de Almeida Prado realizou um antigo desejo dos dois: filmar “Onde Andará Dulce Veiga”, baseado no romance homônimo. Também em 2007, a editora Agir reeditou sua obra completa, e lançou com exclusividade a coletânea “Caio 3D: o essencial das décadas de 70, 80 e 90”, que compilava contos, crônicas e cartas inéditas.
Em 2008, foi lançada a primeira biografia do escritor: “Caio Fernando Abreu – inventário de um escritor irremediável”, da jornalista Jeanne Callegari. Em setembro do mesmo ano, o festival Porto Alegre em Cena promoveu a mesa redonda “Caio F. – 60 anos”, em comemoração ao aniversário de nascimento do escritor. Além de Jeanne e Gilberto, participaram da mesa o amigo Luiz Arthur Nunes – nas cartas, Caio o chamava de “Luizar” –, o ator e produtor cultural Marcos Breda e a organizadora do Arquivo Caio Fernando Abreu do Instituto de Letras da UFRGS, Márcia Ivana de Lima e Silva.
É claro que Porto Alegre tem motivos de sobra para festejar a memória de um de seus cidadãos mais ilustres. Caio já foi até patrono da Feira do Livro, em 1995. Antes dele, nomes como Mario Quintana e Érico Veríssimo tiveram semelhante honra.
A capital gaúcha o fascinava de um jeito estranho. Quando estava aqui, queria fugir. Se estava longe, queria voltar. “Ando morto de saudade de Porto Alegre, acho que vou agora no fim do mês, ficar uns 10 dias. Vou de ônibus, bem pobrinho. Basta sentar nos degraus de casa, tomar um sol com Zaél e Nair [pais de Caio], chimarrão com bergamota (mistura explosiva), uma noitada no Lola e/ou no Ocidente, uma voltinha na Redenção, um pôr-do-sol no Guaíba - e já me sinto tri-reenergizado. Amo demais o Sul”, escreveu.
Quando saiu da casa dos pais aos 16 anos para estudar num internato em Porto Alegre, Caio idealizava uma vida perfeita na capital. Tamanha foi a decepção, que um dia ele escreveu à mãe dizendo que estava triste e queria morrer, e pediu que ela fosse buscá-lo. Quando Nair chegou, Caio a tranqüilizou, pediu que voltasse para casa e que não se preocupasse com ele, pois tudo ia ficar bem. Foi a primeira vez que Caio se sentiu estrangeiro, estranho, não-pertencente. E a sensação o acompanhou pelo resto da vida.
Mais tarde, ainda em Porto Alegre, ele chegou a cursar Letras e Artes Cênicas na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), mas abandonou ambos os cursos para trabalhar como jornalista em São Paulo.
Morou também no Rio de Janeiro, viajou pela Europa, passou pela Inglaterra, Suécia, França, Holanda e Espanha. De volta ao Brasil, pipocou entre São Paulo e Rio, e foi à França em 1994 com intenções de ficar um tempo por lá. No entanto, retornou ao Brasil no mesmo ano ao descobrir-se portador do vírus HIV, e decidiu terminar seus dias em Gay Port (como ele preferia chamar a cidade), na casa dos pais, “cuidando de rosas no jardim, fazendo canteiros com arruda, alecrim e manjericão”. Faleceu dois anos depois, em decorrência da AIDS, aos 47.
O legado de Caio já perpassa gerações e, com certeza, perpetuar-se-á enquanto, neste mundo, houver morte, sexo e amor.
Nessas horas me vem à mente a lembrança de um amigo de grande sabedoria e humanismo, cuja capacidade de esperança permitia enxergar além do imediato e vislumbrar saídas. Há pouco mais de dez anos, eu o ouvi pela última vez, pelo rádio, entrevistado justamente sobre a violência, que já se agravava. Paulo Freire parecia perplexo, pois a escola era para ele um cenário em que os conflitos são tratados, mas em nenhuma hipótese com agressões. Ao escrever agora sobre esse tema, lembro que meu velho amigo morreu antes que pudéssemos voltar a conversar e reconheço que preciso recuperar a sintonia com minhas heranças humanistas para propor ações em que a dimensão pedagógica se sobreponha à repressiva.
Sabemos que nenhuma escola é uma ilha, mas parte da sociedade. E no nosso caso essa sociedade tem-se embrutecido de forma espantosa. O roubo, o tráfico, a corrupção, o desrespeito e o preconceito levam a atos violentos e criminosos. Para recompor valores deteriorados e conseguir preparar os jovens para a vida, a escola não pode ignorar a violência em suas próprias práticas e precisa trazer as questões do mundo para a sala de aula.
Alunos agredidos, livros roubados, alunas assediadas, funcionários humilhados, ofensas entre professores e alunos. Todos esses são exemplos de situações internas à escola que precisam ser enfrentadas com a mesma firmeza com que debatemos a violência do mundo em geral. Do contrário, nosso papel formador não será cumprido. Tudo no ambiente escolar tem caráter pedagógico. Compreender como o abuso do álcool ameaça quem está ao volante (e também quem está nas ruas e no convívio doméstico), desenvolver projetos que mostrem como a intolerância, a injustiça e o preconceito resultam em violência (tanto entre nações como entre pessoas), estabelecer paralelos entre o que se vive na escola e o que se vê fora dela são apenas alguns exemplos de como não fugir dessa difícil questão.
Numa sociedade violenta, a escola deve se contrapor abertamente à cultura de agressões. Acredito que as situações que dizem respeito a questões internas devem ser tratadas nos conselhos de classe, identificando responsabilidades, garantindo reparações e promovendo formação. Mas a atitude firme contra a violência deve antecipar-se aos fatos como parte do projeto educativo. Turmas de alunos e novos professores devem ser recebidos a cada ano com um diálogo de compromisso, que apresente e aperfeiçoe as regras de convívio, para que não se desrespeitem os mestres em seu trabalho nem os jovens em seu aprendizado. Como meios e fins devem ser compatíveis, são necessários tempo e instalações, especialmente previstos para o convívio, pois quem é tratado como gado ou fera, enquadrado em carteiras perfiladas ou coletivamente abandonado em pátios áridos, mais facilmente vai se comportar como gado ou fera.
Por Luis Carlos de Menezes
Revista Nova Escola - 08/2007
Nessas horas me vem à mente a lembrança de um amigo de grande sabedoria e humanismo, cuja capacidade de esperança permitia enxergar além do imediato e vislumbrar saídas. Há pouco mais de dez anos, eu o ouvi pela última vez, pelo rádio, entrevistado justamente sobre a violência, que já se agravava. Paulo Freire parecia perplexo, pois a escola era para ele um cenário em que os conflitos são tratados, mas em nenhuma hipótese com agressões. Ao escrever agora sobre esse tema, lembro que meu velho amigo morreu antes que pudéssemos voltar a conversar e reconheço que preciso recuperar a sintonia com minhas heranças humanistas para propor ações em que a dimensão pedagógica se sobreponha à repressiva.
Sabemos que nenhuma escola é uma ilha, mas parte da sociedade. E no nosso caso essa sociedade tem-se embrutecido de forma espantosa. O roubo, o tráfico, a corrupção, o desrespeito e o preconceito levam a atos violentos e criminosos. Para recompor valores deteriorados e conseguir preparar os jovens para a vida, a escola não pode ignorar a violência em suas próprias práticas e precisa trazer as questões do mundo para a sala de aula.
Alunos agredidos, livros roubados, alunas assediadas, funcionários humilhados, ofensas entre professores e alunos. Todos esses são exemplos de situações internas à escola que precisam ser enfrentadas com a mesma firmeza com que debatemos a violência do mundo em geral. Do contrário, nosso papel formador não será cumprido. Tudo no ambiente escolar tem caráter pedagógico. Compreender como o abuso do álcool ameaça quem está ao volante (e também quem está nas ruas e no convívio doméstico), desenvolver projetos que mostrem como a intolerância, a injustiça e o preconceito resultam em violência (tanto entre nações como entre pessoas), estabelecer paralelos entre o que se vive na escola e o que se vê fora dela são apenas alguns exemplos de como não fugir dessa difícil questão.
Numa sociedade violenta, a escola deve se contrapor abertamente à cultura de agressões. Acredito que as situações que dizem respeito a questões internas devem ser tratadas nos conselhos de classe, identificando responsabilidades, garantindo reparações e promovendo formação. Mas a atitude firme contra a violência deve antecipar-se aos fatos como parte do projeto educativo. Turmas de alunos e novos professores devem ser recebidos a cada ano com um diálogo de compromisso, que apresente e aperfeiçoe as regras de convívio, para que não se desrespeitem os mestres em seu trabalho nem os jovens em seu aprendizado. Como meios e fins devem ser compatíveis, são necessários tempo e instalações, especialmente previstos para o convívio, pois quem é tratado como gado ou fera, enquadrado em carteiras perfiladas ou coletivamente abandonado em pátios áridos, mais facilmente vai se comportar como gado ou fera.
Nessas horas me vem à mente a lembrança de um amigo de grande sabedoria e humanismo, cuja capacidade de esperança permitia enxergar além do imediato e vislumbrar saídas. Há pouco mais de dez anos, eu o ouvi pela última vez, pelo rádio, entrevistado justamente sobre a violência, que já se agravava. Paulo Freire parecia perplexo, pois a escola era para ele um cenário em que os conflitos são tratados, mas em nenhuma hipótese com agressões. Ao escrever agora sobre esse tema, lembro que meu velho amigo morreu antes que pudéssemos voltar a conversar e reconheço que preciso recuperar a sintonia com minhas heranças humanistas para propor ações em que a dimensão pedagógica se sobreponha à repressiva.
Sabemos que nenhuma escola é uma ilha, mas parte da sociedade. E no nosso caso essa sociedade tem-se embrutecido de forma espantosa. O roubo, o tráfico, a corrupção, o desrespeito e o preconceito levam a atos violentos e criminosos. Para recompor valores deteriorados e conseguir preparar os jovens para a vida, a escola não pode ignorar a violência em suas próprias práticas e precisa trazer as questões do mundo para a sala de aula.
Alunos agredidos, livros roubados, alunas assediadas, funcionários humilhados, ofensas entre professores e alunos. Todos esses são exemplos de situações internas à escola que precisam ser enfrentadas com a mesma firmeza com que debatemos a violência do mundo em geral. Do contrário, nosso papel formador não será cumprido. Tudo no ambiente escolar tem caráter pedagógico. Compreender como o abuso do álcool ameaça quem está ao volante (e também quem está nas ruas e no convívio doméstico), desenvolver projetos que mostrem como a intolerância, a injustiça e o preconceito resultam em violência (tanto entre nações como entre pessoas), estabelecer paralelos entre o que se vive na escola e o que se vê fora dela são apenas alguns exemplos de como não fugir dessa difícil questão.
Numa sociedade violenta, a escola deve se contrapor abertamente à cultura de agressões. Acredito que as situações que dizem respeito a questões internas devem ser tratadas nos conselhos de classe, identificando responsabilidades, garantindo reparações e promovendo formação. Mas a atitude firme contra a violência deve antecipar-se aos fatos como parte do projeto educativo. Turmas de alunos e novos professores devem ser recebidos a cada ano com um diálogo de compromisso, que apresente e aperfeiçoe as regras de convívio, para que não se desrespeitem os mestres em seu trabalho nem os jovens em seu aprendizado. Como meios e fins devem ser compatíveis, são necessários tempo e instalações, especialmente previstos para o convívio, pois quem é tratado como gado ou fera, enquadrado em carteiras perfiladas ou coletivamente abandonado em pátios áridos, mais facilmente vai se comportar como gado ou fera.
Este comentário encontrei no google, estamos estudando sobre violência escolar e gostei desse comentário para estudar.